Leitura Partilhada
sexta-feira, dezembro 29, 2006
  Casmurro até ao fim
Ela devotava-lhe afeição, ele respondia-lhe com secura; ela sempre o amou (e louvou) e nunca se defendeu (cabe-nos a nós decidir da culpa de um ou de outro?). Insegurança, tendência para as ideias fixas (a certa altura, pareceu-me que Escobar, a estar interessado em alguém, seria em Bentinho) e alguma verosimilhança oferecida pela realidade são uma mistura explosiva: os olhos vêem o que a mente quer. Pode-se suportar a desconfiança uma vida inteira? A existência é difícil e ainda há quem escolha passá-la no inferno. Terríveis, os pensamentos que por vezes tinha: o filho como retrato da ignomínia, até lhe passou pela cabeça assassiná-lo (este ciúme é um híbrido, que tem tanto a ver com amor, como com a dignidade de marido supostamente enganado: mulher, filhos ou castelo, tudo faz parte do mesmo território exclusivo onde nenhum outro macho pode entrar). Como se descalça esta bota sem exames de DNA? Prega-lhe uma valente coça e obriga-a a confessar.

azuki

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  DESLIGAR
But jealous souls will not be answer'd so;
They are not ever jealous for the cause,
But jealous for they are jealous: 'tis a monster
Begot upon itself, born on itself.

(“Otelo”, Shakespeare)


O monstro que o ciumento alberga em si mata-lhe a lucidez e tiraniza-lhe o espírito. Um monstro, sim, que existe porque existe e se desdobra em desagradabilíssimas sensações (como diria o nosso José Dias). Não somos apenas nós, somos muitos de nós, desorientados, confusos, divididos entre a doçura e a fúria, tão certos do que sentimos enquanto vamos imergindo em dúvidas. Exasperados, desfilamos em sofrimentos vários, com aquela garra no estômago, e os enjoos, as tonturas, as tremuras, o formigueiro nas extremidades. Como lidar com esta insuportável intensidade? Não ceder aos seus caprichos, tornando simples o que não o é: desligar, tentar desligar.

azuki

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quinta-feira, dezembro 28, 2006
  CAPÍTULO LV / UM SONETO
(…)
Oh! flor do céu! oh! flor cândida e pura
(…)
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!
A sensação que tive é que ia sair um soneto perfeito. Começar bem e acabar bem não era pouco.
(…)
Pois, senhores, nada me consola daquele soneto que não fiz. Mas, como eu creio que os sonetos existem feitos, como as odes e os dramas, e as demais obras de arte, por uma razão de ordem metafísica, dou esses dous versos ao primeiro desocupado que os quiser. Ao domingo, ou se estiver chovendo, ou na roça, em qualquer ocasião de lazer, pode tentar ver se o soneto sai. Tudo é dar-lhe uma idéia e encher o centro que falta.

Bentinho decidiu encher o centro do seu soneto com muito pouca perícia. Talvez porque Capitu fosse, sobretudo, demasiado mulher. Ele não conseguiu aguentar tanta mulher.

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  As manias são piores que as doenças
Bentinho fica como exemplo de alguém que poderia ter sido grande mas que escolheu acabar casmurro e solitário. Talvez ele tivesse necessidade de lhe apontar as fraquezas para não ter que enfrentar as suas, alimentando certas alucinações para fugir de si mesmo. Malditas obsessões que não deixam ver claro, que recusam toda a lógica, que desfeiam e corrompem, que tornam escuro e triste o que poderia ser luminoso. Pobre Bentinho. As manias são piores que as doenças, sempre me disse a minha mãe.

azuki

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quarta-feira, dezembro 27, 2006
  La Calunnia è un Venticello
(Martin Nelson, como Don Basilio, em O Barbeiro de Sevilha)

Progrido na leitura e penso em algo rasteiro e insidioso, um pensamento vil que se vai formando na nossa mente de forma quase imperceptível e que me recorda uma das principais árias d'O Barbeiro de Sevilha (Rossini) que é, também, a melhor definição de calúnia que conheço: La Calunnia è un Venticello.

Perdoe-me, Sr. Cesare Sterbini, esta minha tão mal amanhada tradução de tradução: A calúnia é uma brisa, um sopro leve muito gentil que, despercebido, subtil, ligeiramente, docemente, começa a sussurrar. De início lentamente, em murmúrios, sibilante, vai rastejando, vai rodando; na mente da gente se introduz com destreza, e a cabeça, e os nervos, aturde e inflama. Em desordem vai saindo, em desordem vai crescendo, faz-se forte pouco a pouco, voa já de um lado ao outro; como um trovão, uma tempestade que, no centro do bosque, agita o ar, chirria e de horror o sangue te gela. No fim, transborda e estoura, propaga-se, redobra-se e produz uma explosão, como um tiro de canhão, um terramoto, um temporal, um tumulto geral, que faz o ar ribombar. E o pobre caluniado, aviltado, pisado, flagelado por toda a gente, com tal fortuna, soçobra.

A calúnia, essa espécie de cilada, rejeita-se veementemente a princípio e vai ganhando terreno, até que chegamos ao fim-em-reticências do livro a pensar: Capitu e Escobar…?!

azuki

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terça-feira, dezembro 26, 2006
  Li-o no dia de Natal
Entre o regresso de férias, a descoberta de um novo amor e a preparação do Natal, não sobrou muito tempo para os livros. Contudo, eu queria conhecer um dos escritores referenciais da literatura brasileira e aquele que foi o pai do seu Realismo, e consegui concluir a leitura ontem, no ar o cheiro da lenha e das rabanadas, no corpo uma preguiça adorável, no espírito a tranquilidade que nos traz um Natal em família. Não fiquei fã incondicional de Machado de Assis, nem a obra me surpreendeu particularmente. O facto de se tratar de um belíssimo prosador e de um grande observador da realidade social carioca do final do século XIX dificulta a assunção do não maravilhamento, mas a verdade é que “Dom Casmurro” me cativou sem apaixonar.

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sábado, dezembro 23, 2006
 
BOM NATAL PARA TODOS
 
terça-feira, dezembro 19, 2006
 
A infidelidade que dará o mote à história: “Cantei um duo terníssimo, depois um trio, depois um quatuor...”

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segunda-feira, dezembro 18, 2006
  Mulheres Patuscas de Windsor


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domingo, dezembro 17, 2006
  História da criação:



“... Assim se explicam o terceto do Éden, a ária de Abel, os coros da guilhotina e da escravidão.”

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sexta-feira, dezembro 15, 2006
  nuevo tango
Abro um pequeno intervalo e regresso a Jorge Luís Borges, para falar de tango (não deixa de ser irónica esta associação, uma vez que o primeiro não nutria especial afeição pelo segundo, embora se possa dar exactamente o contrário, porque Borges sempre brincava e não é comum que um homem não goste de algo apenas pelo cheiro da infâmia). Mesmo que não o apreciasse, Borges sabia que o tango não poderia acontecer sem Buenos Aires e os seus crepúsculos. De 13 a 17 de Dezembro, um pouco longe de Buenos Aires e bastante depois da sua composição e estreia (1968), o TNSJ repõe María de Buenos Aires, com música de Astor Piazzolla e letra de Horacio Ferrer (direcções musical de Rui Massena e cénica de João Henriques). E a bilheteira de novo esgotada (que bom que é ver uma sala de espectáculos repleta), talvez porque Piazzolla e o seu bandoneon não se esquecem, embora convenha lembrar que a letra de Horácio Ferrer nos faz estremecer enquanto sorrimos. Fico contente. De vez em quando, a minha cidade até mexe.

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  A Princesa da Babilónia, Voltaire:
“Mas o que havia de mais admirável em Babilônia, o que eclipsava tudo o mais, era a filha única do rei chamada Formosante. Foi segundo os seus retratos e estátuas que, séculos após, Praxíteles esculpiu a sua Afrodite e aquela a que chamaram a Vênus das belas nádegas.”

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quinta-feira, dezembro 14, 2006
  Sobre “Teorema”
Não há nada de relevante no amor doméstico, nem projecção na felicidade: a partir do momento em que é tocada pelo infortúnio, a paixão torna-se sublime e passa a ser propriedade da memória colectiva. A história de Pedro e Inês foi sendo cozinhada ao longo dos séculos, à medida dos desejos dos seus receptores, que precisaram de acreditar que esse grande amor existiu, deleitando-se com um fim injusto e terrível. “Teorema” conta o grande legado de um assassino, que nos ofereceu o amor de Pedro e Inês, eternizando-o através da sua interrupção violenta. Como refere a cristina_pt, a morte é o segredo do amor eterno.

Perda, corte, ausência. E o amor perdura.

azuki

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“Mas aqui estão os retratos de ambos, sem que o encardido do tempo lhes tirasse a primeira expressão. São como fotografias instantâneas de felicidade”

O segredo do amor eterno: a morte. Amor que não teve de resistir ao tempo, às rotinas, às idiossincrasias do quotidiano.

“Matei-a para salvar o amor do rei. D. Pedro sabe-o.”
Teorema, Herberto Hélder

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quarta-feira, dezembro 13, 2006
 

Bom dia, bom dia, nesta magnífica manhã portuense!!

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O jogo dos superlativos:

http://www.instituto-camoes.pt/CVC/peqtextos/13/index3.html

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terça-feira, dezembro 12, 2006
 
Será esta, a serenidade da velhice?

“Entretanto, vida diferente não quer dizer vida pior; é outra coisa. A certos respeitos, aquela vida antiga, aparece-me despida de muitos encantos que lhe achei; mas é também exato que perdeu muito espinho que a molesta, e, de memória, conservo alguma recordação doce e feiticeira.”

E a sua solidão?

“Os amigos que me restam são de data recente; todos os antigos foram estudar a geologia dos campos santos.”

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segunda-feira, dezembro 11, 2006
  Capitu
O meu primeiro contacto com Machado de Assis não poderia ter sido melhor: aconteceu em 1999, no Teatro Nacional São João (Porto), com a visualização de Madame, uma peça de Maria Velho da Costa, encenada por Ricardo Pais. Eunice Muñoz e Eva Wilma, Maria Eduarda e Capitu, Eça de Queirós e Machado de Assis. Duas actrizes, duas personagens femininas, duas obras de dois escritores. Dois países, o mesmo idioma. Duas formas de representação teatral. Espectáculo tão bom quanto elucidativo.

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Machado de Assis, com as Memórias Póstumas de Brás Cubas (aos 42 anos) e em Dom Casmurro (aos 61 anos), revisita a juventude, procurando ligar o passado, presente e futuro:

“O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice e na adolescência. Pois, senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui”
Dom Casmurro

“Ao verme que primeiro me roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas Memórias Póstumas”
Memórias Póstumas de Brás Cubas

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sábado, dezembro 09, 2006
  Teatro
Dom Casmurro pelo Teatro dos 3

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Logo no primeiro capítulo, o autor anuncia o estilo que será constante pela obra: “Também não achei melhor título para a minha narração; se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este mesmo.”

Em diversos momentos da obra o autor explica aos leitores o porquê do que escreve: “Agora que expliquei o título, passo a escrever o livro. Antes disso porém, digamos os motivos que me põem a pena na mão”.

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Comentários filológicos de alguns verbetes de
DOM CASMURRO, de Machado de Assis.
http://www.filologia.org.br/anais/anais_254.html


Sobre a Rua Matacavalos e o Engenho Novo: http://www.marcillio.com/rio/entigrt2.html

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quinta-feira, dezembro 07, 2006
 
«Dom Casmurro, de Machado de Assis, é o romance mais famoso da literatura brasileira. Neste livro está o talento de seu autor ao analisar psicologicamente seus personagens bem como a criação do clima de dúvida e ambiguidade quanto ao adultério de Capitu - uma das personagens da obra.»
Nelson Souza, Espaço do Professor
(continuar a ler)

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quarta-feira, dezembro 06, 2006
 
«Publicado pela primeira vez no último ano do século XIX, Dom Casmurro é uma ilustração sob medida para o famoso verso de Fernando Pessoa, em “Mensagem”: “o mito é o nada que é tudo”. Entre outros sentidos possíveis, esses versos enigmáticos referem-se ao fato de que o mito inicia-se com uma ficção — um nada — que, no entanto, acaba por tornar real aquilo de que fala. Como os mitos procuram assimilar aquilo que, num dado momento, não faz sentido ou nos parece inexplicável — a origem do mundo, o nascimento do primeiro homem, o que existe depois da vida — já contam com a nossa simpatia, o nosso desejo de entender. E como são hábeis em inventar possibilidades, hipóteses que parecem muito plausíveis para as comunidades que os criam, fincam raízes em nosso imaginário.»
Egon de Oliveira Rangel, in Educarede
(continuar a ler)

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terça-feira, dezembro 05, 2006
  Dom Casmurro, domingo vou jantar com você.

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segunda-feira, dezembro 04, 2006
  Machado de Assis, 1890

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domingo, dezembro 03, 2006
  Bibliografia
Comédia
Desencantos, 1861.
Tu, só tu, puro amor, 1881.

Poesia
Crisálidas, 1864.
Falenas, 1870.
Americanas, 1875.
Poesias completas, 1901.

Romance
Ressurreição, 1872.
A mão e a luva, 1874.
Helena, 1876.
Iaiá Garcia, 1878.
Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881.
Quincas Borba, 1891.
Dom Casmurro, 1899.
Esaú Jacó, 1904.
Memorial de Aires, 1908.

Conto:
Contos Fluminenses,1870.
Histórias da meia-noite, 1873.
Papéis avulsos, 1882.
Histórias sem data, 1884.
Várias histórias, 1896.
Páginas recolhidas, 1899.
Relíquias de casa velha, 1906.

Teatro
Queda que as mulheres têm para os tolos, 1861
Desencantos, 1861
Hoje avental, amanhã luva, 1861.
O caminho da porta, 1862.
O protocolo, 1862.
Quase ministro, 1863.
Os deuses de casaca, 1865.
Tu, só tu, puro amor, 1881.

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sábado, dezembro 02, 2006
 


Joaquim Maria Machado de Assis: nasceu no Rio de Janeiro em 21 de Junho de 1839, e faleceu também no Rio de Janeiro, em 29 de Setembro de 1908. Filho de operários, não teve meio para frequentar cursos regulares. Apesar disso, publicou o primeiro trabalho literário em 1855, com quinze anos. Escreveu regularmente para a imprensa, quer como contista, quer como crítico teatral. A sua obra literária abrange aliás vários géneros: poesia, romance, contos, crítica...

Fonte: Espaço Machado de Assis

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sexta-feira, dezembro 01, 2006
 
"E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, tudo rindo, cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas, soluços e sarabandas, acaba por trazer à alma do mundo a variedade necessária, e faz-se o equilíbrio da vida."
Machado de Assis, in 'Quincas Borba'

Troti

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  Machado de Assis, Dom Casmurro

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O QUE ESTAMOS A LER

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PROXIMAS LEITURAS

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LEITURAS NO ARQUIVO

"ULISSES", de James Joyce (17 de Julho de 2003 a 7 de Fevereiro de 2004)

"OS PAPEIS DE K.", de Manuel António Pina (1 a 3 de Outubro de 2003)

"AS ONDAS", de Virginia Woolf (13 a 20 de Outubro de 2003)

"AS HORAS", de Michael Cunningham (27 a 30 de Outubro de 2003)

"A CIDADE E AS SERRAS", de Eça de Queirós (30 de Outubro a 2 de Novembro de 2003)

"OBRA POÉTICA", de Ferreira Gullar (10 a 12 de Novembro de 2003)

"A VOLTA NO PARAFUSO", de Henry James (13 a 16 de Novembro de 2003)

"DESGRAÇA", de J. M. Coetzee (24 a 27 de Novembro de 2003)

"PEQUENO TRATADO SOBRE AS ILUSÕES", de Paulinho Assunção (22 a 28 de Dezembro de 2003)

"O SOM E A FÚRIA", de William Faulkner (8 a 29 de Fevereiro de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. I - Do lado de Swann)", de Marcel Proust (1 a 31 de Março de 2004)

"O COMPLEXO DE PORTNOY", de Philip Roth (1 a 15 de Abril de 2004)

"O TEATRO DE SABBATH", de Philip Roth (16 a 22 de Abril de 2004)

"A MANCHA HUMANA", de Philip Roth (23 de Abril a 1 de Maio de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. II - À Sombra das Raparigas em Flor)", de Marcel Proust (1 a 31 de Maio de 2004)

"A MULHER DE TRINTA ANOS", de Honoré de Balzac (1 a 15 de Junho de 2004)

"A QUEDA DUM ANJO", de Camilo Castelo Branco (19 a 30 de Junho de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. III - O Lado de Guermantes)", de Marcel Proust (1 a 31 de Julho de 2004)

"O LEITOR", de Bernhard Schlink (1 a 31 de Agosto de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. IV - Sodoma e Gomorra)", de Marcel Proust (1 a 30 de Setembro de 2004)

"UMA APRENDIZAGEM OU O LIVRO DOS PRAZERES" e outros, de Clarice Lispector (1 a 31 de Outubro de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. V - A Prisioneira)", de Marcel Proust (1 a 30 de Novembro de 2004)

"ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA", de José Saramago (1 a 21 de Dezembro de 2004)

"ENSAIO SOBRE A LUCIDEZ", de José Saramago (21 a 31 de Dezembro de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. VI - A Fugitiva)", de Marcel Proust (1 a 31 de Janeiro de 2005)

"A CRIAÇÃO DO MUNDO", de Miguel Torga (1 de Fevereiro a 31 de Março de 2005)

"A GRANDE ARTE", de Rubem Fonseca (1 a 30 de Abril de 2005)

"D. QUIXOTE DE LA MANCHA", de Miguel de Cervantes (de 1 de Maio a 30 de Junho de 2005)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. VII - O Tempo Reencontrado)", de Marcel Proust (1 a 31 de Julho de 2005)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2005)

UMA SELECÇÃO DE CONTOS LP (1 a 3O de Setembro de 2005)

"À ESPERA NO CENTEIO", de JD Salinger (1 a 31 de Outubro de 2005)(link)

"NOVE CONTOS", de JD Salinger (21 a 29 de Outubro de 2005)(link)

Van Gogh, o suicidado da sociedade; Heliogabalo ou o Anarquista Coroado; Tarahumaras; O Teatro e o seu Duplo, de Antonin Artaud (1 a 30 de Novembro de 2005)

"A SELVA", de Ferreira de Castro (1 a 31 de Dezembro de 2005)

"RICARDO III" e "HAMLET", de William Shakespeare (1 a 31 de Janeiro de 2006)

"SE NUMA NOITE DE INVERNO UM VIAJANTE" e "PALOMAR", de Italo Calvino (1 a 28 de Fevereiro de 2006)

"OTELO" e "MACBETH", de William Shakespeare (1 a 31 de Março de 2006)

"VALE ABRAÃO", de Agustina Bessa-Luis (1 a 30 de Abril de 2006)

"O REI LEAR" e "TEMPESTADE", de William Shakespeare (1 a 31 de Maio de 2006)

"MEMÓRIAS DE ADRIANO", de Marguerite Yourcenar (1 a 30 de Junho de 2006)

"ILÍADA", de Homero (1 a 31 de Julho de 2006)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2006)

POESIA DE ALBERTO CAEIRO (1 a 30 de Setembro de 2006)

"O ALEPH", de Jorge Luis Borges (1 a 31 de Outubro de 2006) (link)

POESIA DE ÁLVARO DE CAMPOS (1 a 30 de Novembro de 2006)

"DOM CASMURRO", de Machado de Assis (1 a 31 de Dezembro de 2006)(link)

POESIA DE RICARDO REIS E DE FERNANDO PESSOA (1 a 31 de Janeiro de 2007)

"OS MISERÁVEIS", de Victor Hugo (1 a 28 de Fevereiro de 2007)

"O VERMELHO E O NEGRO" e "A CARTUXA DE PARMA", de Stendhal (1 a 31 de Março de 2007)

"OS MISERÁVEIS", de Victor Hugo (1 a 30 de Abril de 2007)

"A RELÍQUIA", de Eça de Queirós (1 a 31 de Maio de 2007)

"CÂNDIDO", de Voltaire (1 a 30 de Junho de 2007)

"MOBY DICK", de Herman Melville (1 a 31 de Julho de 2007)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2007)

"PARAÍSO PERDIDO", de John Milton (1 a 30 de Setembro de 2007)

"AS FLORES DO MAL", de Charles Baudelaire (1 a 31 de Outubro de 2007)

"O NOME DA ROSA", de Umberto Eco (1 a 30 de Novembro de 2007)

POESIA DE EUGÉNIO DE ANDRADE (1 a 31 de Dezembro de 2007)

"MERIDIANO DE SANGUE", de Cormac McCarthy (1 a 31 de Janeiro de 2008)

"METAMORFOSES", de Ovídio (1 a 29 de Fevereiro de 2008)

POESIA DE AL BERTO (1 a 31 de Março de 2008)

"O MANUAL DOS INQUISIDORES", de António Lobo Antunes (1 a 30 de Abril de 2008)

SERMÕES DE PADRE ANTÓNIO VIEIRA (1 a 31 de Maio de 2008)

"MAU TEMPO NO CANAL", de Vitorino Nemésio (1 a 30 de Junho de 2008)

"CHORA, TERRA BEM-AMADA", de Alan Paton (1 a 31 de Julho de 2008)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2008)

"MENSAGEM", de Fernando Pessoa (1 a 30 de Setembro de 2008)

"LAVOURA ARCAICA" e "UM COPO DE CÓLERA" de Raduan Nassar (1 a 31 de Outubro de 2008)

POESIA de Sophia de Mello Breyner Andresen (1 a 30 de Novembro de 2008)

"FOME", de Knut Hamsun (1 a 31 de Dezembro de 2008)

"DIÁRIO 1941-1943", de Etty Hillesum (1 a 31 de Janeiro de 2009)

"NA PATAGÓNIA", de Bruce Chatwin (1 a 28 de Fevereiro de 2009)

"O DEUS DAS MOSCAS", de William Golding (1 a 31 de Março de 2009)

"O CÉU É DOS VIOLENTOS", de Flannery O´Connor (1 a 15 de Abril de 2009)

"O NÓ DO PROBLEMA", de Graham Greene (16 a 30 de Abril de 2009)

"APARIÇÃO", de Vergílio Ferreira (1 a 31 de Maio de 2009)

"AS VINHAS DA IRA", de John Steinbeck (1 a 30 de Junho de 2009)

"DEBAIXO DO VULCÃO", de Malcolm Lowry (1 a 31 de Julho de 2009)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2009)

POEMAS E CONTOS, de Edgar Allan Poe (1 a 30 de Setembro de 2009)

"POR FAVOR, NÃO MATEM A COTOVIA", de Harper Lee (1 a 31 de Outubro de 2009)

"A ORIGEM DAS ESPÉCIES", de Charles Darwin (1 a 30 de Novembro de 2009)

Primeira Viagem Temática BLOOMSDAY 2004

Primeira Saí­da de Campo TORMES 2004

Primeira Tertúlia Casa de 3 2005

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