Leitura Partilhada
quinta-feira, julho 31, 2003
  Uma Visão Pessoal de Jorge Luí­s Borges
Tenho aproveitado alguns minutos livres para ir lendo "Cinco Visões pessoais" de Jorge Luí­s Borges. É um livro que me está a dar especial prazer: recebi-o por troca com um BCer do Brasil, o Zezinhoh; é uma edição especial, da Editora Universidade de Brasí­lia; é um autor fascinante a conversar sobre, por exemplo, LIVROS!

Em meia dúzia de páginas, Borges aborda o livro sob várias perspectivas, e que podiam ser tema de discussão de muitos posts... Mas um comentário é sobre o James Joyce, e o seu "Ulisses":

«Eu diria que a literatura é uma forma de alegria. Se lemos algo com dificuldade, o autor fracassou. Por isso, acho que um escritor como Joyce fracassou, em sua essência, já que (a) sua obra requer esforço para ser lida.»

Bom... (confessem, esperavam que LOGO EU desse cobertura a uma opinião destas, quando o maior receio deste grupo é o potencial fracasso da leitura pela desistência dos participantes!)

Eu sorri ao ler esta passagem. Compreendo o ponto de vista do autor, concordo que tudo o que façamos nos deve proporcionar alegria. Todos lemos pela felicidade que esse acto nos proporciona, verdade? Mas... não concordo que a dificuldade seja sinónimo de infelicidade. Acredito num conforto e alegria posteriores a uma leitura que nos dá muita luta, porque já a experimentei muitas vezes. E não se trata só do sentimento de "missão cumprida", e muito menos de acrescentar algo considerado difí­cil ao historial de leituras. É algo superior a isso: sentimento de realização. E conhecimento. E aprender a gostar. E depois perceber que teve efeitos na nossa forma de ver, de sentir, de repensar o que está escrito, muito para além da conjugação das palavras... Conquistar sentidos do texto, descobrir os seus encantos, aprender a ver.

Sinceramente, gostei muito dos primeiros 3 capítulos do "Ulisses", mas nota-se que o Joyce está a "pôr as manguinhas de fora". Sei que vai endurecer, dificultar... e fomos por demais avisados!! Mas espero sinceramente chegar ao fim e usufruir a alegria de ter atravessado este mar imenso e estranho. Continuo voluntariosa, portanto!


Termino, abusivamente recorrendo a Borges, no final do mesmo texto:

«(...) O livro pode conter muitos erros, podemos não concordar com as opiniões expendidas pelo autor, mas, ainda assim, conserva algo sagrado, algo divino, não com um tipo de respeito supersticioso, mas com o desejo de encontrar felicidade, de encontrar sabedoria.
Era isto o que desejava dizer-lhes hoje.»



Leitora ;)
 
  continuação...
Na Odisseia o sentimento está muito mais presente que a razão e é por uma procura desta vertente da humanidade que vou penetrar na leitura. Até já. Troti
 
  o lugar do coração na Odisseia
O meu atraso deve-se também ao facto de ter decidido ler primeiro a Odisseia e só depois partir para o Ulisses. Escolhi a edição dos Livros Cotovia com tradução de Frederico Lourenço e estou a gostar imenso. Acho muito curiosa a exposição das emoções. A narrativa é empolgante e tem de tudo: amores, traições, estratagemas, castigos, maldades, ajudas e zangas, poder e morte, luta e glória, ganhar e perder... mas o que mais me tem marcado é o lugar que o coração ocupa ao longo do poema.
Ex:
pág.34 - ...e no coração sentiu espanto: soube que ela era um deus.
pág.42 - ... e reflectiram nos seus corações sobre o que estaria para vir.
pág.73 - Mas nunca com os olhos vi eu nada que se comparasse com o amável coração do sofredor Ulisses
pág.78 - ... e muitas coisas revolvi no coração, enquanto caminhava.
" - Toda a manhã ali esperámos com coração paciente.
pág.81 - ...e no peito se me despedaçou o coração.
pág.90 - ...sentia o coração reconfortado...
pág.93 - Depois de no coração se ter maravilhado com tudo...
pág.97 - ...aguentarei:pois tenho no peito um coração que aguenta a dor.
pág.117 - ...e que nada receie o teu coração.
pág123 - Mas nunca convenceu o coração dentro do meu peito.
pág.132 - ...e feriste-me o coração.
pág.146 - Daí navegámos em frente, entristecidos no coração,...
pág.152 - Assim falou: e logo se nos despedaçou o coração,...

Já falei com a Leitora sobre este tema e tenho imensa curiosidade de verificar se no Ulisses esta candura também está presente.
Espero que continuem entusiasmados com a vossa leitura e até breve. Troti
 
quarta-feira, julho 30, 2003
  Epiphany
Eis o que nos diz o grande Oxford Companion to Irish Literature : "a term used by James Joyce - and widely adopted ever since - to describe "a sudden spiritual manifestation" when the significance of some social or psychological experience is made clear in a trivial incident, which the writer then records without comment".
É uma das técnicas inovadoras de Joyce, que estabelece assim um canal de acesso à psicologia do quotidiano.
Já sentiram alguns destes momentos de revelação no Ulisses ?
Eu lembro-me de súbitas iluminações de sentido - um gesto familiar descrito, um sítio mencionado que já visitei, ou simplesmente uma inesperada passagem límpida no meio de um fluxo literário tão obscuro.

mariana (mfa)
 
segunda-feira, julho 28, 2003
  Mais Um Barco para Ítaca

Olá olá!
Tenho andado desaparecida, mas acreditem que ainda não abandonei o barco. Esta Ítaca espera-nos, por muito que outras sereias (e elas são tantas) nos tentem fazer mudar de caminho.
Também já acabei o primeiro capítulo (Anarca Constipado, sou uma radical, hã? ;P) mas ainda não o reli. O que ando a fazer agora, é tentar produzir alguma luz sobre o meu espírito através de notas teóricas ao livro. Ou seja, ando, verdadeiramente, "a lê-lo do avesso"! :))
Porque me dá imenso jeito, venho aqui patilhar o site convosco. O título é curioso: Gradesaver :) mas o conteúdo parece-me muito bom. Pelo menos é muito prático e é disso que a malta gosta! Para lém disso, (uh!) ainda oferece um teste online, para verem se perceberam mesmo bem o livro.
E o link é.... (rufar de tambor!):

http://www.gradesaver.com/ClassicNotes/Titles/ulysses/

(Espero que isto não se apague no blog!)
Agora minha gente, é estudar, é ler - só não vale fazer batota e ler apenas os resumos!

Boas leituras,
Carla Luis
(Beladormecidaa)

Ps-e já que falamos nisso, já leram "Um Barco Para Ítaca", de Manuel Alegre?
É um livrinho muito pequenino, escrito quando do exílio do autor na Argélia. A transbordar de amor, pela pátria, pelos Ulisses que escasseiam, pelas Penélopes que resistem e pelas Ítacas que ainda conservamos connosco.
Vale a pena espreitar, pelo meio do Ulisses. A força está ali, Ítaca surge-nos inscrivelmente mais perto.
 
  Capítulo 01
Sabia que não iria ser fácil, mas ainda assim, achei que me ia entusiasmar com esta obra. Confesso que li com alguma dificuldade o primeiro capítulo. É um texto que requer trabalho em cima da leitura. Ou corre-se o risco de perder grande parte da obra, por não se atribuir o verdadeiro significado a determinadas passagens.
Não sou especialista em literatura... gosto simplesmente de ler. E não consegui ainda retirar grande prazer desta leitura.
Vou teimar mais um pouco, pelo menos até ao final da primeira parte.
Micazy
 
domingo, julho 27, 2003
  Apenas um pouco tarde
Uso como título desta mensagem o nome do blog do jornalista e amigo Jorge Marmelo (www.marmelo.blogspot.com). Por uma coisa simples: havia pensado em começar a reler já o primeiro capítulo, mas ainda não consegui encontrar tempo. Apenas um pouco tarde. Vocês esperam por mim?

Andréia
 
sábado, julho 26, 2003
  Um Jogo...
Há tempos pediram-me para escrever um breve ensaio comparando as literaturas portuguesa e irlandesa. Felizmente perderam-se as provas materiais de tanto disparate acumulado. Mas lembro-me de uma analogia que fez muito sucesso - entre Joyce (que eu nunca tinha lido) e Pessoa (sobre quem sei muito pouco)... Tudo isto aconteceu antes de me iniciar nas artes literárias irlandesas a fundo, pelo que a base da minha analogia era meramente instintiva. Assim, proponho um jogo estatístico - eu lembrei-me de 3 pontos fulcrais. Quantos encontram vocês?



Mariana (mfa)
 
quinta-feira, julho 24, 2003
  A minha leitura do Capítulo 01
Para mim as primeiras palavras de um romance, meia página, são a porta de entrada no universo, e que definem as características da relação que estou a iniciar.
Contrariamente ao que esperava, o primeiro capítulo do ULISSES é simples, luminoso, cheio de movimento, de leitura ágil, cinematográfico! Senti a claridade inicial do dia como uma porta que se abre devagarinho e me convida a entrar. Vi rapazes tão diferentes acabados de acordar. Atitudes distintas, origens distintas. E a apresentação de alguns temas: religião, poder social, poder económico, confronto intelectual...
E a questão da elaboração da linguagem, as citações não traduzidas do grego e do latim e do gaélico... que me causam alguma perturbação, mas... eu aceito as regras do jogo: há fases que são escritas com o propósito que eu as não entenda. Para que não me sinta integrada, para me provocar. Também para manter uma certa aura de mistério.

A decisão está tomada: agradeço esta introdução, e sigo para as páginas seguintes!


Sobre os problemas que se me colocam desde já, destaco a dificuldade que estou a ter em cruzar este Ulisses com a Odisseia de Homero. Apesar de não ser algo necessário para usufruir este texto, gostava de o compreender o mais profundamente possível. Como vou relativamente adiantada na leitura (já terminei a 1ª parte, ou seja os 3 primeiros capítulos), vou entretanto dar uma revisão à Odisseia, e reler este capítulo...

Apesar da claridade do primeiro capítulo, deu para notar que é um livro de leitura difícil, que nos vai dar muita luta. Bem fomos avisados à partida, nomeadamente por muitos que abandonaram o livro após vários capítulos! Fiquei desde já com a impressão que o prazer será mais evidente no final do livro, quer por causa do afamado monólogo da Molly Bloom, quer pela alegria que vai ser concluir tamanha aventura!

Leitora
 
  estou atrasada
olá olá estou atrasada. Ainda não comecei e estou a ver esta semana a correr à minha frente sem a conseguir apanhar. O trabalho ainda não abrandou e ainda por cima faço 28 !!!!!!! anos de casada. Vou tentar acompanhar o ritmo, mas se não conseguir agora, ponho-me em dia em Agosto, que é um mês óptimo para estar sossegada no Porto. Até já Troti
 
quarta-feira, julho 23, 2003
  Blog gozado na Blogesfera
Contei a um amigo meu que contou a outro e graças a isso já temos o "direito" de ser gozados na blogesfera. Espero que achem piada. Se quiserem visitem http://kropotkine.blogspot.com/

Ivo Dias de Sousa
 
  Nota Biográfica
Agora que as leituras já vão bem encaminhadas, pensei em deixar aqui uma brevíssima nota biográfica sobre o Joyce. Não é que a vidinha atribulada do senhor deva ter qualquer espécie de impacto em quem o lê, mas para alguns pode ser um dado a ter em conta.
JAMES Augustine Aloysius JOYCE nasceu em Dublin em 1882. O pai, John Stanislaus Joyce foi determinante na formação da personalidade do filho (que original!), sobretudo na medida em que lhe soube transmitir um sentido de humor ácido e acutilante, o amor pela música e pela bebida, e um forte sentimento anti-clerical. Aparece representado em Ulisses na personagem Simon Dedalus. A mãmã Joyce (May), pelo contrário, foi sempre uma católica devota, cumprindo religiosamente o seu dever de parideira (15 gravidezes em quase 15 anos), e acabou por morrer de cancro em 1903. Esta morte atormenta Stephen Dedalus ao longo de todo o Ulisses .
Depois de uma tradicional escolarização às mãos dos temidos Christian Brothers de Dublin, o jovem Joyce rejeitou uma eventual carreira religiosa, trocando, cada vez mais, a religião pela literatura.
Ao longo do seu percurso universitário, Joyce assumiu-se como artista e poeta, e a partir de cerca de 1900 escreve os primeiros trechos em prosa, estreando a técnica da "epifania" (pequenas anotações sob a forma de vinhetas dramáticas ou poemas em prosa, às quais dedicaremos um post daqui a dias).
Quando deu por finda a formação universitária, James Joyce entrou em contenda literária e política com os fundadores do movimento revivalista irlandês (a estudar mais tarde), pelo que se foi marginalizando no meio literário. Incomodava-o sobretudo uma visão simplista da Irlanda assente num catolicismo retrógrado e autoritário, com toda a consequente repressão da sexualidade e visão monolítica da política nacionalista. Como antídoto ao ruralismo artificial de autores como Yeats e Pearse, Joyce propõe o estilo de realismo psicológico que encontramos em Ulisses .
Em Junho de 1906 conhece Nora Barnacle, que virá a ser a companheira de toda uma vida, e ainda a fonte de inspiração para as mulheres com uma sexualidade forte e convicta que povoam a sua obra (o exemplo mais claro é o de Molly Bloom em Ulisses).
Os dois vivem uma vida de privação económica e constante migração, que os leva, por exemplo, a Trieste, na Suiça, onde vêem a nascer os dois filhos do casal. No final da carreira, o escritor dedicou-se sobretudo a desenvolver as técnicas ousadas de Finnegan's Wake , e veio a morrer na sequência de fortes dores estomacais em 1941.
Para além das biografias standard (de John Slocum & Herbert Cahoon (1971) e Richard Ellman (1959/82)), existem numerosos, infinitos, estudos sobre Joyce e os seus trabalhos mais conhecidos ( Dubliners , Portrait of the Artist as a Young Man , Ulysses , Finnegan’s Wake e a peça Exiles ).
Mas fáceis de digerir são a versão cinematográfica de Dubliners (que recria unicamente o último conto, "The Dead", se a memória não me falha) e o filme "Nora", em que Ewan McGregor encarna um estranhamente sedutor James Joyce...

Ideias retiradas de The Oxford Companion to Irish Literature, ed. Robert Welch



Mariana (mfa)
 
terça-feira, julho 22, 2003
  Capítulo 00 :)
Olá a todos! Só hoje é que vou poder começar com a leitura, porque finalmente tenho tempo livre(!!). Vou ler a edição da Penguin em Inglês, que não me assusta grandemente (mau era, com tanto ano a ler Inglês e alguns a traduzir não podia vacilar!!). A introdução é bastante boa, tem também o quadro esquemático auxiliar, etc. Bem, mal tiver novidades, aviso! Boa odisseia a todos. Ah, o meu nick BC é epicgirl mas aqui houve umas alterações ;)
 
  dúvida ou problema
Alguém me explica porque é que, apesar de as mensagens do blog terem comentários, aparece como se não tivessem, com a referência "ainda sem comentários"? é que assim é complicado saber à partida onde é que está a haver diálogo e discussão, talvez até "batatada" ;o)
Bli
 
  Vamos iniciar a troca de impressões?
Olá companheiros de leitura! Eu também já li o primeiro capítulo do Ulisses! Presumo que tal como a maioria, por isso proponho que:

- Passem pelo BC, e editem a vossa journal entry, acrescentado Capítulo 01 e o vosso primeiro comentário (por favor não façam mais de uma journal entry, para que não se instale a confusão total)

- Coloquem aqui uma mensagem com tudo o que vos aprouver sobre a leitura do primeiro capítulo (como a Bli já fez, e eu só farei mais logo...)

Podemos iniciar o debate desta obra, com as impressões que nos ficaram do seu primeiro capítulo? Espero que sim, pois estou muuuuiiiiito curiosa para saber as vossas opiniões, dúvidas... emoções!

Temos também de planear a continuação da leitura. Pelo que tenho sabido de planos de férias, pergunto-vos se podemos marcar leitura ainda para este mês. E desta vez proponho que se leia até ao final da primeira parte; são apenas dois capítulos, mas de poucas páginas, mais ou menos o equivalente às do primeiro capítulo que acabamos de ler... Peço-vos, então, que utilizem a caixa de comentários desta minha mensagem para manifestarem a vossa disponibilidade, e assim podermos tomar a decisão em conjunto. A pedido de várias famílias, e devido à limitação do peso das bagagens (!!), em Agosto o Ulisses estará oficialmente de férias, e teremos discussão de leitura apenas na primeira semana de Setembro.

Aguardo as vossas respostas!

Leitora
 
  depois da leitura do 1º capítulo...
Acabei de ler o primeiro capítulo, mas não sei se já é a altura para colocar aqui os comentários... Vou fazê-los, apesar de tudo. Acho que já tinha dito que a expectativa sobre o romance era grande. Nunca vi um qualquer livro científico sobre o romance contemporâneo, português ou estrangeiro, que não se referisse a esta obra de James Joyce. Já esperava a originalidade no manuseamento das coordenadas temporais, a intertextualidade omnipresente, a variedade de discursos e de registos, mas espantou-me a leitura rápida que o romance proporciona, a fluidez dos diálogos e a vivacidade com que as personagens são descritas em duas ou três pinceladas. Acompanho a leitura com o célebre esquema da composição do romance, mas nem seria necessário porque a minha edição (Livros do Brasil) tem notas de rodapé muito úteis e parece-me, por algumas comparações que fiz com o texto original, que o trabalho de tradução (dificílimo!!!!) está bem feito.
Terei esquecido alguma coisa? Ah, a questão religiosa e a forma como é desconstruída no ambiente irlandês também me pareceu interessante. Agora estou disponível para trocar ideias e prosseguir a leitura... Posso?
Boas leituras a todos
Bli
 
segunda-feira, julho 21, 2003
  Link para o blog
Este blog é demasiado específico para ter um link directo da página portuguesa do bookcrossing.com (http://www.rinaldiweb.it/eurobc/pt/index.htm). Porém, se fosse criada a categoria o "outros links", um link para este blog poderia estar apartir dai.
Ivo
 
  já cá estou, já cá estou!
Desculpa leitora, mas tirei uns dias de férias no final da semana passada, daí o meu atraso.
Mas estou preparadíssima para a "atacar" o primeiro capítulo...aiaiaiai...que vou tentar a versão inglesa (planet pdf).
micazy
 
sábado, julho 19, 2003
  Boa sorte a todos outra vez
Estive dois dias sem net por isso só hoje vi o blog e os comentários, que começo já a achar extremamente úteis. Mas assustei-me quando vi a tabela. Nunca li nada sobre o Ulisses que me desse uma pálida ideia sobre a multiplicidade de referências que, vejo agora, o livro contém. Dei assim um mergulho no escuro. Quando vi que havia a hipótese da leitura partilhada, achei uma óptima ideia e entusiasmei-me imenso. Vamos lá a ver se aguento. Entretanto resolvi começar a ler a Odisseia primeiro e depois entrar no Ulisses para tentar perceber melhor, mas sinto que só com a vossa ajuda chegarei a alguma conclusão. Desde já os meus agradecimentos especiais à Leitora que tem sido incansável. Até breve a todos e boa leitura.
Troti
 
sexta-feira, julho 18, 2003
  Até breve... agora vou ler...
Mas não antes sem fazer uma experiência: Que acham desta possibilidade?





Bom, e assim sendo, já era altura de tornar esta página mais bonita... Gosto especialmente desta fotografia...




Fiquem bem, e boa leitura!

Leitora ;)
 
  Posso?...
Olá, ulissonautas...
Antes de mais, peço licença para entrar. Bato à  porta, e disfarço o nervosismo, porque não estou aqui como leitora, mas na ingrata e impopular tarefa de ajudar à  leitura. A vossa reacção será, espero, a mais saudável - fingem que me ouvem, rogam-me pragas porque já li o livro e nem sequer tenho de o reler para ter direito a postar neste blog, e desejam-me um bom fututo no mausoléu dos crí­ticos e especialistas do Acontece.
E eu digo-vos... ainda vão a tempo de mudar de livro!!!! E porque não os contos do Oscar Wilde? :)
Ok, não convenci ninguém, pois não? Então tenho mesmo de explicar o porquê da minha presença aqui...
É fácil - por estranhos desígnios do destino e nenhuns do mercado de trabalho, fiz um mestrado em literatura irlandesa, por terras da Irlanda do norte. E para terror de todos nós e de quem nos nos instruí­a, não conseguimos as assinaturas suficientes para retirar o Ulisses do programa (é uma terra ingrata e de estranhos perigos, a Irlanda do norte!). Espanto dos espantos, todos adorámos estudar a obra... e todos odiámos lê-la. O Ulisses faz-se também do muito que fica por perceber, e é este o meu primeiro aviso à  navegação
De resto, vou tentar deixar algumas pistas das que me deram a mim. Serão vagas, e todas em segunda mão (ideias geniais, só sobre os contos do Oscar Wilde... ainda vão a tempo!). E não poderão deixar de sentir uma pontinha de irlandesandismo a mais, mas os vossos insultos serão música (irlandesa) para os meus ouvidos...
A edição que recomendo é sem dúvida a da Livros do Brasil, mas apenas porque não é parca em notas de rodapé e explicações... sem as quais a obra se torna demasiado críptica para ser lida sem danos colaterais no ego e na alma.
O Joyce, que, apesar de ter escrito o Ulisses e o Finnegan's Wake, não era má pessoa, deixou para a posteridade uma bengalita que nos pode ajudar a penetrar nos complicados meandros da sua mente e escrita - é a famosa tabela, que está disponí­vel para consulta em

http://www.2street.com/joyce/etext/schema.html

Nela encontrarão um esquema das ideias base de cada capí­tulo - o episódio homérico tratado, o estilo linguí­stico recriado, os símbolos e as cores a ter em conta. Note-se que cada capí­tulo é um caso (um desafio?) diferente.
Uma boa leitura para vós, e fica a ameaça... voltarei à  carga!

mariana (mfa)
 
  Ulisses- diferentes edições
Eu tinha em casa a edição do "Ulisses" da Dífel, cujo texto é em "português do Brasil" - foi usada a tradução de António Houaiss - embora haja uma outra, de Donaldo Schäler, muito aplaudida:

Embora a tradução de António Houaiss seja considerada uma boa tradução, a dificuldade da leitura torna-se ainda maior para um português. Resolvi então comprar a edição da editora Livros do Brasil, com tradução de João Palma-Ferreira. É uma pena que esta editora continue a usar um grafismo da capa tão desactualizado, o que se torna mais notado agora que as capas dos livros estão cada vez mais bonitas...

Em todo o caso, quando fui comprar esta edição, encontrei uma em inglês, não muito cara (13 €) da editora Penguin, com um formato que não é de bolso mas que é bastante "portátil". Mas o mais interessante é a introdução, uma longa introdução que ajuda a criar coragem para a leitura do livro. Por isso lá caí­ na tentação de comprar mais este Ulisses.

Portanto, ter 3 edições à  disposição, não foi algo que eu tenha planeado, mas a verdade é que, quando me surgem duvidas na edição do Palma-Ferreira, socorro-me das outras duas para esclarecer. E acho que já dei por um lapso na edição portuguesa, quando aparece "um pantera" em vez de "uma pantera".

Já li o primeiro capítulo (na edição do Palma Ferreira os capí­tulos aparecem numerados, mas nas outras não) e é evidente que nunca conseguiria perceber patavina da edição inglesa. Neologismos e construções verbais inovadoras (acho eu) tornam-se praticamente inacessiveis, para mim, quando lidas em inglês. Mesmo em "português do Brasil" isso acontece, porque qualquer dos tradutores vai buscar as expressões pouco comuns e insólitas da respectiva língua que permitam dar o tom equivalente da escrita de Joyce.

Prytkov
 
  Primeira velocidade
Hello, hello, aqui estou eu depois de perceber como é que esta coisa funcemina ;)
Como tenho tido montes de problemas com a net em casa, e montes de trabalho no escritório ainda nem tive tempo de actualizar os meus passos por estas andanças, mas cá estou, avisando já que este fds começarei com toda a força e vitalidade para dobrar a "minha" segunda bíblia!!

Tenho já os dicionários aos alcance e muita força de vontade, por isso camaradas-bloggers-ulisses, vamos à obra que a criação espera-nos!

Para já tenho a dizer que a leitura das primeiras páginas já foi inicada, sendo que ainda me falta a long way to run...
E adianto já que o início me pareceu fenomenal, como qualquer início de qualquer obra prima deve ser!!
Aguardemos pelo resto! A todos boa leitura, e cá vou dando minhas notícias!

Gia/MClaraM
 
  Mergulho no primeiro capítulo
Confirma-se, é esta semana que inicia a leitura partilhada do ULISSES.

Estamos todos a postos? Bom, em termos de organização, tenho a dizer que estão todos activos no Blog, excepto a Troti e a Micazy (minhas amigas, onde estão vocês que não aceitam o meu convite????). Quanto ao livro registado no BC, para o qual têm o link no nosso Blog, 8 dubliners ainda não partilharam connosco as impressões antes de embarque (Andréia, Mashara, Beladormecidaa, NFOliveira, tata-bitata, epicgirl, miga e a querida "mestra" mfa). Então, pedia aos que ainda não aderiram ao Blog para aceitarem o convite que reenviei; àqueles que já são membros e ainda não colocaram nenhuma mensagem peço que façam um teste (eu demorei horas a conseguir colocar uma primeira mensagem no Blog, ninguém terá mais dificuldades do que eu tive!!). Se precisarem de "apoio técnico" para a activação ou para colocar mensagens, digam, que já fiz um manual de primeiras instruções em português bem maneirinho! ;)

Sobre as entradas no BC, relembro que cada um de nós deve apenas fazer uma journal entry, que vai sendo alterada (revista e aumentada!) à medida que progredirmos na leitura. Por isso sugeri que fizessem a journal entry com um capítulo 00, apenas para medir as expectativas, e depois fazer edit journal entry para acrescentar as notas sobre o Capítulo 01, Capítulo 02 e assim sucessivamente.

Para os ACOMPANHANTES, agora! São muito bem vindos a este Blog, e estão desde já convidados a usar as caixas de comentários às nossas mensagens. Mesmo não estando integrados nesta leitura partilhada, podem ir participando na conversa.

Bom, para terminar... desejo muito boa viagem a todos!!

Leitora ;)
 
  Tamanho do "dia"
Olá

Humm, depois de ler o primeiro capítulo do Ulisses, com a deriva do Joyce a sensação com que fiquei é que o livro tanto poderia ter 80 páginas como 8000 em vez das 800 que tem. Joyce poderia aumentar ou diminuir o "dia" para o que desejasse.

Ivo Sousa
 
  Ancoragem
Bem, parece que também eu já consegui chegar!
O livro está à espera em casa. Já lhe dei uma espreitadela, mirei-o, na tentativa de medir forças e saber qual de nós vai ser mais forte. Conto chegar ao fim, mas nunca se sabe, com "adversários" oclusos como este.
Parece-me, no entanto, ser esta altura certa para arriscar a viagem. Depois dos sombrios "Dubliners", do "Retrato do Artista..." Stephen Dedalus e, finalmente, do retrato do próprio artista James Joyce quando em Trieste "Giacomo Joyce", nada melhor que embarcar no Ulisses.
Alvíssaras e notícias de terra à vista aguardam-se!

Beladormecidaa
 
  Também já cá estou!
Olá corajosos (as)!
Também já cá estou (com algum atraso mas...). Estou com a versão em inglês e esta edição tem uma introdução muito interessante (ainda só vou a meio - cerca de 100 páginas) mas parece-me uma muito boa ajuda para a compreensão do livro. Vou tirar cópias e enviar para a Leitora (se conseguir ainda hoje) mas depois quem também quiser é só dizer. Há um pequeno pormenor apenas: vou de férias amanhã e volto no início de Agosto, por isso só nessa altura vou poder fazer esses envios e colocar as minhas observações sobre o livro (este não é um dos que vou levar para férias...). Boas leituras! Fátima Marques (tata-bitata)
 
quinta-feira, julho 17, 2003
  Ulisses só para Garcia Marquez
Olá dubliners,

Estava eu ontem a ler "Viver para Contá-la" e olhem o que encontrei:

"Jorge Álvaro Espinosa, um estudante de direito que me ensinara a navegar na Bíblia e me fez aprender de cor os nomes completos dos companheiros de Job, colocou-me um dia em cima da mesa um calhamaço intimidante e sentenciou com a sua autoridade de bispo:

- Esta é a outra Bíblia.

Era, claro, o "Ulisses" de James Joyce, que li aos bocados e aos tropeções até que a paciência não me chegou para mais. Foi uma temeridade prematura. Anos mais tarde, já adulto domesticado, entreguei-me à tarefa de relê-lo a sério e não só foi a descoberta de um mundo próprio de que nunca suspeitei dentro de mim, como também uma ajuda técnica inapreciável para a liberdade da linguagem, o manejo do tempo e as estruturas dos meus livros." (p. 297)

Andréia
 
  Atrasado!!!
Boas.
Peço Desculpa pelo atraso.
Tive uns probelmas com a Internet no trabalho.
Então?? É para já ter começado??
Oups!!!



Abraço,

Nuno Oliveira.
 
quarta-feira, julho 16, 2003
  Soltamos Amarras e fazemo-nos ao Mar???
Olá a todos os aventureiros!

Proponho que comecemos a nossa aventura. 1ª Parte, Capítulo 1 . Na edição que tenho (Livros do Brasil) estamos a falar de um capítulo não muito longo; estende-se da página 29 à 50. Por isso, prevê-se que ainda este mês teremos a oportunidade de trocar muitas impressões sobre o início de leitura.

Se os mais experientes quiserem deixar aqui pistas de leitura, dados sobre a obra, etc, retiradas ou não das respectivas introduções, façam o favor!! Toda a ajuda é bem vinda...

Amigos, até já!
 
  Cheguei, dubliners!
Olá dubliners,

já cá estou. Com algum atraso, é certo, mas cá estou. Pretendo começar neste fim de semana a leitura do primeiro capítulo.

Beijinhos
Andréia
 
  Cheguei!!!!
Pensando que já estava inscrita, tive um mail da Leitora...ao socorro como sempre ;o)

Estou pronta e munida da versão original, bem como de dois dicionários. A ver vamos.

Um abraço

Cristinapt
 
  A bordo!
Mas, qual marinheiro de primeira viagem, tão mal preparada para a viagem... Ainda não tenho comigo a cópia do livro!
Nastenka-d
 
  Quase pronta
Já estou quase pronta para o "início da aventura"! Só me falta mesmo o livro. Mas em princípio hoje já estará comigo :)
Boa leitura para todos!
mady :)
 
terça-feira, julho 15, 2003
  Pergunta
Eu saquei o meu Ulisses da net. Mas aquilo não está dividido em capítulos. Alguém me poderia dizer a última frase do 1º capítulo? E, já agora, quando é que começamos? :)
kalahari
 
  A bordo
Olá! Já estou a bordo. Espero partilhar algumas das fases desta Odisseia convosco. Não todas, porque nem sempre estarei por estas águas.
Obrigada Leitora !!

Susana Carneiro
 
  Picar o ponto
Já cá estou, pronta a entrar na aventura. :)
Parabéns, leitora, pela ideia e pela organização da iniciativa!
kalahari
 
  Experiência...
Bem, isto são só novidades... primeira experiência nos "blogs", primeira leitura colectiva, primeiro contacto com James Joyce... É caso para dizer, 1,2,3... experiência!
Bli
 
  Início da Aventura
No seguimento de uma animada conversa entre BCers sobre livros obrigatórios, surgiu a ideia de nos aventurarmos em conjunto na audaciosa leitura do ULISSES de James Joyce. Muitos eram os que confessaram referências sobre este livro, recomendações de alto gabarito, e alguns até tinham o volume em casa à espera da coragem da leitura...

Ora, nada melhor do que a união! Decidiu-se ali mesmo fazer uma leitura partilhada do livro. Cada um dos aderentes a esta ideia leriam o livro capítulo a capítulo, e no intervalos trocariam ideias sobre a leitura, emoções, partilhariam dificuldades e entusiasmos. Todos convencidos que com esta empenhada companhia seria mais fácil e agradável comcluir tamanha viagem.

Passados alguns dias, temos uma lista com 18 voluntariosos. cheios de vontade de iniciar esta nova experiência. O receio inicial que tem adiado a leitura (no meu caso, adiamentos sucessivos de vários anos!), está secundarizado pelo chamamento da aventura!

E um vigoroso barco de 18 metros está no cais, a recolher os necessários mantimentos e mapas... Prestes a arrancar na sua odisseia!

Leitora ;)
 

O QUE ESTAMOS A LER

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PROXIMAS LEITURAS

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LEITURAS NO ARQUIVO

"ULISSES", de James Joyce (17 de Julho de 2003 a 7 de Fevereiro de 2004)

"OS PAPEIS DE K.", de Manuel António Pina (1 a 3 de Outubro de 2003)

"AS ONDAS", de Virginia Woolf (13 a 20 de Outubro de 2003)

"AS HORAS", de Michael Cunningham (27 a 30 de Outubro de 2003)

"A CIDADE E AS SERRAS", de Eça de Queirós (30 de Outubro a 2 de Novembro de 2003)

"OBRA POÉTICA", de Ferreira Gullar (10 a 12 de Novembro de 2003)

"A VOLTA NO PARAFUSO", de Henry James (13 a 16 de Novembro de 2003)

"DESGRAÇA", de J. M. Coetzee (24 a 27 de Novembro de 2003)

"PEQUENO TRATADO SOBRE AS ILUSÕES", de Paulinho Assunção (22 a 28 de Dezembro de 2003)

"O SOM E A FÚRIA", de William Faulkner (8 a 29 de Fevereiro de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. I - Do lado de Swann)", de Marcel Proust (1 a 31 de Março de 2004)

"O COMPLEXO DE PORTNOY", de Philip Roth (1 a 15 de Abril de 2004)

"O TEATRO DE SABBATH", de Philip Roth (16 a 22 de Abril de 2004)

"A MANCHA HUMANA", de Philip Roth (23 de Abril a 1 de Maio de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. II - À Sombra das Raparigas em Flor)", de Marcel Proust (1 a 31 de Maio de 2004)

"A MULHER DE TRINTA ANOS", de Honoré de Balzac (1 a 15 de Junho de 2004)

"A QUEDA DUM ANJO", de Camilo Castelo Branco (19 a 30 de Junho de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. III - O Lado de Guermantes)", de Marcel Proust (1 a 31 de Julho de 2004)

"O LEITOR", de Bernhard Schlink (1 a 31 de Agosto de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. IV - Sodoma e Gomorra)", de Marcel Proust (1 a 30 de Setembro de 2004)

"UMA APRENDIZAGEM OU O LIVRO DOS PRAZERES" e outros, de Clarice Lispector (1 a 31 de Outubro de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. V - A Prisioneira)", de Marcel Proust (1 a 30 de Novembro de 2004)

"ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA", de José Saramago (1 a 21 de Dezembro de 2004)

"ENSAIO SOBRE A LUCIDEZ", de José Saramago (21 a 31 de Dezembro de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. VI - A Fugitiva)", de Marcel Proust (1 a 31 de Janeiro de 2005)

"A CRIAÇÃO DO MUNDO", de Miguel Torga (1 de Fevereiro a 31 de Março de 2005)

"A GRANDE ARTE", de Rubem Fonseca (1 a 30 de Abril de 2005)

"D. QUIXOTE DE LA MANCHA", de Miguel de Cervantes (de 1 de Maio a 30 de Junho de 2005)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. VII - O Tempo Reencontrado)", de Marcel Proust (1 a 31 de Julho de 2005)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2005)

UMA SELECÇÃO DE CONTOS LP (1 a 3O de Setembro de 2005)

"À ESPERA NO CENTEIO", de JD Salinger (1 a 31 de Outubro de 2005)(link)

"NOVE CONTOS", de JD Salinger (21 a 29 de Outubro de 2005)(link)

Van Gogh, o suicidado da sociedade; Heliogabalo ou o Anarquista Coroado; Tarahumaras; O Teatro e o seu Duplo, de Antonin Artaud (1 a 30 de Novembro de 2005)

"A SELVA", de Ferreira de Castro (1 a 31 de Dezembro de 2005)

"RICARDO III" e "HAMLET", de William Shakespeare (1 a 31 de Janeiro de 2006)

"SE NUMA NOITE DE INVERNO UM VIAJANTE" e "PALOMAR", de Italo Calvino (1 a 28 de Fevereiro de 2006)

"OTELO" e "MACBETH", de William Shakespeare (1 a 31 de Março de 2006)

"VALE ABRAÃO", de Agustina Bessa-Luis (1 a 30 de Abril de 2006)

"O REI LEAR" e "TEMPESTADE", de William Shakespeare (1 a 31 de Maio de 2006)

"MEMÓRIAS DE ADRIANO", de Marguerite Yourcenar (1 a 30 de Junho de 2006)

"ILÍADA", de Homero (1 a 31 de Julho de 2006)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2006)

POESIA DE ALBERTO CAEIRO (1 a 30 de Setembro de 2006)

"O ALEPH", de Jorge Luis Borges (1 a 31 de Outubro de 2006) (link)

POESIA DE ÁLVARO DE CAMPOS (1 a 30 de Novembro de 2006)

"DOM CASMURRO", de Machado de Assis (1 a 31 de Dezembro de 2006)(link)

POESIA DE RICARDO REIS E DE FERNANDO PESSOA (1 a 31 de Janeiro de 2007)

"OS MISERÁVEIS", de Victor Hugo (1 a 28 de Fevereiro de 2007)

"O VERMELHO E O NEGRO" e "A CARTUXA DE PARMA", de Stendhal (1 a 31 de Março de 2007)

"OS MISERÁVEIS", de Victor Hugo (1 a 30 de Abril de 2007)

"A RELÍQUIA", de Eça de Queirós (1 a 31 de Maio de 2007)

"CÂNDIDO", de Voltaire (1 a 30 de Junho de 2007)

"MOBY DICK", de Herman Melville (1 a 31 de Julho de 2007)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2007)

"PARAÍSO PERDIDO", de John Milton (1 a 30 de Setembro de 2007)

"AS FLORES DO MAL", de Charles Baudelaire (1 a 31 de Outubro de 2007)

"O NOME DA ROSA", de Umberto Eco (1 a 30 de Novembro de 2007)

POESIA DE EUGÉNIO DE ANDRADE (1 a 31 de Dezembro de 2007)

"MERIDIANO DE SANGUE", de Cormac McCarthy (1 a 31 de Janeiro de 2008)

"METAMORFOSES", de Ovídio (1 a 29 de Fevereiro de 2008)

POESIA DE AL BERTO (1 a 31 de Março de 2008)

"O MANUAL DOS INQUISIDORES", de António Lobo Antunes (1 a 30 de Abril de 2008)

SERMÕES DE PADRE ANTÓNIO VIEIRA (1 a 31 de Maio de 2008)

"MAU TEMPO NO CANAL", de Vitorino Nemésio (1 a 30 de Junho de 2008)

"CHORA, TERRA BEM-AMADA", de Alan Paton (1 a 31 de Julho de 2008)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2008)

"MENSAGEM", de Fernando Pessoa (1 a 30 de Setembro de 2008)

"LAVOURA ARCAICA" e "UM COPO DE CÓLERA" de Raduan Nassar (1 a 31 de Outubro de 2008)

POESIA de Sophia de Mello Breyner Andresen (1 a 30 de Novembro de 2008)

"FOME", de Knut Hamsun (1 a 31 de Dezembro de 2008)

"DIÁRIO 1941-1943", de Etty Hillesum (1 a 31 de Janeiro de 2009)

"NA PATAGÓNIA", de Bruce Chatwin (1 a 28 de Fevereiro de 2009)

"O DEUS DAS MOSCAS", de William Golding (1 a 31 de Março de 2009)

"O CÉU É DOS VIOLENTOS", de Flannery O´Connor (1 a 15 de Abril de 2009)

"O NÓ DO PROBLEMA", de Graham Greene (16 a 30 de Abril de 2009)

"APARIÇÃO", de Vergílio Ferreira (1 a 31 de Maio de 2009)

"AS VINHAS DA IRA", de John Steinbeck (1 a 30 de Junho de 2009)

"DEBAIXO DO VULCÃO", de Malcolm Lowry (1 a 31 de Julho de 2009)

...leitura livre... de leitores amadores (1 a 31 de Agosto de 2009)

POEMAS E CONTOS, de Edgar Allan Poe (1 a 30 de Setembro de 2009)

"POR FAVOR, NÃO MATEM A COTOVIA", de Harper Lee (1 a 31 de Outubro de 2009)

"A ORIGEM DAS ESPÉCIES", de Charles Darwin (1 a 30 de Novembro de 2009)

Primeira Viagem Temática BLOOMSDAY 2004

Primeira Saí­da de Campo TORMES 2004

Primeira Tertúlia Casa de 3 2005

Segundo Aniversário LP

Os nossos marcadores

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