Leitura Partilhada
segunda-feira, agosto 11, 2003
  o (1) capítulo
O (1) Capítulo
Impressões no seguimento da leitura do (1) capítulo de “Ulisses”, edições Livros do Brasil, colecção Dois Mundos.


Stephen Dedalus é um homem só.

Só, no seu sofrimento e angústia:
Pág.31 – Por quanto tempo vai ficar Haines nesta torre?
Pág.32 – Alguém a matou – disse Stephen sombriamente.
Pág.32 – E você recusou.
Pág.35 - … Na ofensa que me foi feita…
Pág.35 – O sangue pulsava-lhe nos olhos, velando-lhe a vista e sentia o rosto febril.
Pág.36 –Jazia atrás dele uma taça de águas amargas.


Só, no seu isolamento interior:
Pág.29 - …olhou com frieza aquele rosto gorgolhante que o abençoava,…
Pág.32 – A minha tia acha que você matou a sua mãe….
Pág.32 - …É por isso que não quer que eu tenha nada a ver consigo.
Pág.32 – Há em si qualquer coisa de sinistro.
Pág.34 – Porque é que não confia mais em mim?
Pág.40 - …mas repugnava-lhe implorar os seus favores.
Pág.47 – Você é senhor de si próprio, é o que me parece.


Só, na sua sensibilidade sentida:
Pág.32 – Uma dor, que ainda não era do amor, atormentava-lhe o coração.
Pág.34 – Stephen, deprimido pela própria voz, disse:…
Pág.35 – Stephen, tapando as fundas feridas que essas palavras lhe deixavam no coração.
Pág.36 – Silencioso, com respeito e mágoa, aproximei-me da cama.
Pág.37 – Stephen, ainda a tremer com o clamor da sua alma…
Pág.47 - …como os seus próprios e preciosos pensamentos, uma química de estrelas.


Só, no seu pensamento e na sua postura :
Pág.29 – Suba, Kinch! Suba, seu jesuíta cobarde!
Pág.30 – E virá ele? O jesuíta maçador!
Pág.31 – Ele não sabe compreendê-lo.
Pág.32 – podia ter-se ajoelhado, co´s diabos, Kinch, quando sua mãe, agonizante, lho pediu.
Pág.32 – E você recusou.
Pág.34 – O que é que tem agora contra mim?
Pág.35 – Você negou-lhe o último desejo à hora da morte e no entanto está amuado comigo…
Pág.36 – Que interessam as ofensas?
Pág.36 – Não fique a ruminar o dia inteiro,…
Pág.37 – Recordações avassalavam-lhe o cérebro meditativo.
Pág.37 – Dedalus, desça, seja bom rapaz.
Pág.41 – Stephen ouvia em desdenhoso silêncio.
Pág.44 – Você espicaça a minha curiosidade,...É algum paradoxo?
Pág. 45 – Você contempla em mim… um horrível exemplo de livre pensamento.


Só, nos seus medos e inseguranças:
Pág.31 - …E você ficou aterrado?
- Fiquei - disse Stephen com energia e crescente medo – Aqui na escuridão, com um homem que não conheço…
Pág.34 – Só eu sei quem você é. Porque é que não confia mais em mim? Que coisas cheira contra mim?
Pág.37 – …a estremecer e a submeter a minha alma.
Pág.37 – Os olhos dela sobre mim para me fazerem render.
Pág.43 – Vejo poucas esperanças – disse Stephen – tanto dela como dele.
Pág.47 – O meu diabo familiar atrás de mim, a chamar Steeeeeeeeeeephen!


Só, na sua afirmação pessoal:
Pág.29 – Suba, Kinch! Suba, seu jesuíta cobarde!
Pág.30 – A piada que há nisso – esse seu nome absurdo, em grego antigo!
Pág.31 – Ele acha que você não é um cavalheiro.
Pág.31 – Mas eu não sou um herói.
Pág.31 – O ranhoso do bardo!
Pág.32 – Ah, pobre corpo de cão!...
Pág.33 – Mata a mãe mas não pode usar calças cinzentas
Pág.37 – Não, mãe! Deixa-me ser e deixa-me viver.
Pág.38 – Sou outro agora e, no entanto, ainda o mesmo. Um criado também. O servo de um servo.
Pág.41 - … a mim, despreza-me.
Pág.42 – Corre já a esse prostíbulo de escola e traz-nos algum dinheiro.
Pág.43 – Por que é que não joga com eles, tal como eu faço?
Pág.47 – Sou servo de dois senhores…
Pág.49 – Deixe-nos a chave, Kinch…
Pág.49 – E dois dinheiros…
Pág.49 – Subiu pelo atalho, curvado.
Pág.50 – Usurpador.




Stephen Dedalus vive com a sua própria reclusão. Tem de iniciar uma jornada para a sua afirmação. Ele é o herdeiro de si próprio. Tem de despertar para renascer.






TABELA

Telémaco – tem de iniciar uma jornada para a sua afirmação.
ODISSEIA:
Pág.33 – Sê corajoso, para que homens ainda por nascer falem bem de ti.


8 horas da manhã – começa um novo tempo:
pág.29 - … a torre, o campo circundante e as montanhas que despertavam.
Pág.40 - …viera do mundo matinal, talvez mensageira.
Pág.40 - …mensageira da manhã secreta.


Teologia – “Ciência da religião, das coisas divinas” ( Grande Enc. Port. e Bras.)
Pág.29 – Abençoou três vezes...
Pág.30 - …corpo e alma e sangue e chagas.
Pág.33 – Para não o deixar cair em tentações.
Pág.39 – Deus te abençoe!
Pág.39 – In nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti.
Pág.40 – Está uma linda manhã ….-Glória a Deus.
Pág.45 – Já li uma interpretação teológica disso num sítio qualquer…
Pág.46 – O que é que ele lhe chamou? José, o marceneiro?
Pág.46 – Você não é crente, pois não?... A criação a partir do nada, milagres e um Deus pessoal.


Branco e Ouro – os reflexos
Pág.29 - ….um espelho e uma navalha.
Pág.30 -… Os dentes brancos e alinhados a brilhar aqui e ali em pontos de ouro.
Pág.33 – Volteou o espelho…para faiscar nas ondas distantes, sob a luz radiante do sol, no mar. Riram os…gumes dos brancos e fúlgidos dentes
Pág.36 – O branco seio obscuro do mar.
Pág.36 – Palavras liadas em brancas vagas a brilhar na esbatida maré.
Pág.38 – O brilho quente do sol a brincar sobre o mar.
Pág.40 – O leite, senhor!
Pág.42 - ….uma colherada de chá a colorir levemente o espesso e substancioso leite.
Pág.48 - …voltasse para o sol um rosto balofo, branco de sal.


O Herdeiro – a continuação
Pág.37 – Não mãe! Deixa-me ser e deixa-me viver.
Pág.42 – A Irlanda espera que neste dia cada homem cumpra o seu dever.
Pág.47 – Apesar de tudo acho que você é capaz de se libertar.



FRASES PREFERIDAS

Pág.32 -…o hálito, que pendia sobre ele, mudo, reprovador, um cheiro leve a cinzas húmidas.

Pág.33 – Volteou o espelho em semicírculo, no ar, para faiscar nas ondas distantes, sob a luz radiante do sol, no mar.

Pág.34 – Uma brisa suave passava-lhe pelo rosto, agitando-lhe, ao de leve, o cabelo despenteado e despertando-lhe pontos prateados de ansiedade nos olhos.

Pág.35 – O mar e o promontório já se cobriam de sombras.

Pág.36 – O branco seio do obscuro mar.

Pág.36 – Jazia atrás dele uma taça de águas amargas.

Pág.37 – Os olhos vidrados, olhando para lá da morte, a estremecer e a submeter a minha alma. Só a mim. O círio fantástico alumiando-lhe a agonia. Luz de fantasmas no rosto torturado.

Pág.37 – Os olhos dela sobre mim para me fazerem render.

Pág.37 – Não mãe! Deixa-me ser e deixa-me viver.

Pág.37 – Stephen, ainda a tremer com o clamor da sua alma, ouviu o quente tropel da luz do sol e, no ar atrás dele, palavras amigas.

Pág.38 – O brilho quente do sol a brincar sobre o mar.

Pág.38 – Sou outro agora e, no entanto, ainda o mesmo. Um criado, também. O servo de um servo.

Pág.40 – Velha e secreta, viera do mundo matinal, talvez mensageira.

Pág.43 – Contradição. Contradigo-me? Então muito bem, contradigo-me.

Pág.45 – Olhos pálidos como o mar que o vento tinha refrescado, mais pálidos, firmes e prudentes.

Pág.47 – Apesar de tudo, acho que você é capaz de se libertar.

Pág.47 - … como os seus próprios e preciosos pensamentos, uma química de estrelas.

Pág.47 – O vazio aguarda certamente todos os que o vento tece…


Boa leitura para todos e até breve. Troti

 

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"OS PAPEIS DE K.", de Manuel António Pina (1 a 3 de Outubro de 2003)

"AS ONDAS", de Virginia Woolf (13 a 20 de Outubro de 2003)

"AS HORAS", de Michael Cunningham (27 a 30 de Outubro de 2003)

"A CIDADE E AS SERRAS", de Eça de Queirós (30 de Outubro a 2 de Novembro de 2003)

"OBRA POÉTICA", de Ferreira Gullar (10 a 12 de Novembro de 2003)

"A VOLTA NO PARAFUSO", de Henry James (13 a 16 de Novembro de 2003)

"DESGRAÇA", de J. M. Coetzee (24 a 27 de Novembro de 2003)

"PEQUENO TRATADO SOBRE AS ILUSÕES", de Paulinho Assunção (22 a 28 de Dezembro de 2003)

"O SOM E A FÚRIA", de William Faulkner (8 a 29 de Fevereiro de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. I - Do lado de Swann)", de Marcel Proust (1 a 31 de Março de 2004)

"O COMPLEXO DE PORTNOY", de Philip Roth (1 a 15 de Abril de 2004)

"O TEATRO DE SABBATH", de Philip Roth (16 a 22 de Abril de 2004)

"A MANCHA HUMANA", de Philip Roth (23 de Abril a 1 de Maio de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. II - À Sombra das Raparigas em Flor)", de Marcel Proust (1 a 31 de Maio de 2004)

"A MULHER DE TRINTA ANOS", de Honoré de Balzac (1 a 15 de Junho de 2004)

"A QUEDA DUM ANJO", de Camilo Castelo Branco (19 a 30 de Junho de 2004)

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"O LEITOR", de Bernhard Schlink (1 a 31 de Agosto de 2004)

"EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Vol. IV - Sodoma e Gomorra)", de Marcel Proust (1 a 30 de Setembro de 2004)

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"ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA", de José Saramago (1 a 21 de Dezembro de 2004)

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"A CRIAÇÃO DO MUNDO", de Miguel Torga (1 de Fevereiro a 31 de Março de 2005)

"A GRANDE ARTE", de Rubem Fonseca (1 a 30 de Abril de 2005)

"D. QUIXOTE DE LA MANCHA", de Miguel de Cervantes (de 1 de Maio a 30 de Junho de 2005)

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